Eliana Maria Nigro Rocha

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Dia Internacional de Atenção à Gagueira - 2013

          Veja no final desta página maiores detalhes sobre as palestras e mesas redondas do evento de São Paulo/SP inclusive o Power Point e o texto de algumas das apresentações.

          O DIA INTERNACIONAL DE ATENÇÃO à GAGUEIRA - DIAG foi instituído em 1998 e o Brasil participou ativamente desse evento desde então, com variadas ações no meio acadêmico.

          Em 2005, oitavo ano a partir da criação do DIAG, surgiu o intuito de que a sociedade de um modo geral pudesse participar do evento e os voluntários que atualmente constituem o Instituto Brasileiro de Fluência – IBF buscaram que mais e mais pessoas pudessem acompanhar as informações sobre os avanços que vêm acontecendo nessa área da Fonoaudiologia. Estamos cientes de que conhecer mais sobre gagueira é o primeiro passo para facilitar a integração dos que gaguejam.

          Entre essas ações de divulgação de conhecimentos sobre gagueira temos na cidade de São Paulo um evento presencial com palestras e mesas redondas cujos participantes são tanto profissionais - que podem nos trazer informações de peso para embasar nossos conhecimentos - como pessoas que gaguejam - que podem fornecer aos profissionais da área, e aos demais que gaguejam e seus familiares, dados essenciais sobre como a gagueira repercute em cada um deles. Estamos cientes de que associar os conhecimentos científicos de ponta com a vivência pessoal dos que gaguejam é o melhor rumo que podemos tomar se desejamos que a gagueira seja vista e compreendida de forma ampla e cientificamente correta.

          Neste ano de 2013 - no dia 19.10 - teremos o nono encontro do DIA INTERNACIONAL DE ATENÇÃO à GAGUEIRA promovido pelo IBF na cidade de São Paulo.

          Participe! Se você estiver bem informado sobre gagueira, você e todos à sua volta serão beneficiados.



          
Veja a programação:

DIA INTERNACIONAL DE ATENÇÃO à GAGUEIRA
9º EVENTO DA CIDADE DE SÃO PAULO / DIAG – 2013

EVENTO PRESENCIAL DA CIDADE DE SÃO PAULO
Data: 19 de outubro de 2013 (sábado)
Local: Hospital do Servidor Público Estadual – SP
Endereço: Avenida Ibirapuera, 981 - 1º andar, sala 102

Entidades Organizadoras: Hospital Servidor Público Estadual e Instituto Brasileiro de Fluência
Coordenação: Eliana Maria Nigro Rocha
Colaboradores: Diva Marquezi, Roberto Tadeu da Silva e Waldelânia Pereira Marques


                           


Programa:

8:30 h – Recepção

9:00 h – Abertura

9:10 h – Epidemiologia da Gagueira: dados atuais - Fonoaudióloga Me. Eliana Maria Nigro Rocha - Diretora Clínica do Instituto Brasileiro de Fluência – IBF.

10:00 h – Aceitação em gagueira – Psicanalista Tânia Corrallo Hammoud – Professora da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana.

10:50 h – Mesa redonda: Com a palavra os que gaguejam – Coordenação: Roberto Tadeu da Silva (Bibliotecário) - Diretor de Orientação à Pesquisa Bibliográfica do Instituto Brasileiro de Fluência – IBF. Participação: Cínthia Cantu (Estagiária de Engenharia), Gustavo Navarro (Estudante) e Renato Torres (Cientista da Computação)

11:40 h – Coffee-break.

12:30 h - Condições de variabilidade da fluência de fala – Fonoaudióloga Ana Paula Ritto – Mestranda Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo - FMUSP

13:20 h – Mesa redonda: Gagueira solucionada? - Coordenação: Waldelânia Pereira Marques (Consultora de Gestão da Qualidade) - colaboradora do Instituto Brasileiro de Fluência – IBF. Participação: Bohdan S. Kulesza (Químico Industrial), Carlos Habenchus Junior (Oficial de Justiça) e Flávia Lira (Professora de Educação Infantil)



         
Divulgação das Palestras:


Epidemiologia Da Gagueira


          Em que idade a gagueira se inicia?
          Qual a porcentagem de pessoas que gaguejam?
          Com que frequência as repetições ocorrem na fala de quem gagueja?
          Com que idade se considera que o risco de gagueira deixa de existir?
          Qual o gênero que mais frequentemente apresenta gagueira: masculino ou feminino?
          A gagueira surge de repente ou aos poucos?
          Há maior incidência de gagueira de acordo com a raça, nível socioeconômico ou cultural?
          Qual o índice de pessoas que se recuperam da gagueira?

          Respostas atuais a essas questões propiciam uma base sólida de conhecimento para compreendermos melhor a gagueira e é a Epidemiologia da Gagueira que nos fornece esses dados, realizando o levantamento que busca responder às questões acima. Se suas respostas a essas questões datam do século passado, fique atento: muitas descobertas podem ter revolucionado o que você ainda acredita como verdade imutável.

          Epidemiologia é a base do conhecimento científico sobre qualquer doença ou distúrbio. (Yairi e Ambrose, 2013)


         
Eliana Maria Nigro Rocha é quem apresentará esta palestra.

          Acesse o Power Point utilizado na apresentação:
aqui


Aceitação Em Gagueira

          Algumas pessoas que lidam bem com sua gagueira falam sobre a aceitação ser o primeiro passo.
          Fonoaudiólogos especializados em fluência citam a importância de trabalhar a aceitação, especialmente em determinados casos.

          O que quer dizer, afinal, aceitação?
          Aceitar significa acomodar-se?
          Aceitar significa desistir?
          E mais ainda: é possível aceitar algo tão complexo como a gagueira?

          A psicanalista
Tânia Corrallo Hammoud aceitou o desafio de focar esse tema essencial quando o assunto é gagueira. Ela é professora da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana.

          Para os que não estão familiarizados com a área da Psicanálise adiantamos que Winnicott foi um pediatra que depois de anos de atendimento a seus pequeninos pacientes buscou formação psicanalítica para responder a tantas questões complexas que encontrou em seu trajeto e, a partir daí, revolucionou a Psicanálise.

          Acesse o texto base da apresentação:
aqui



Condições de Variabilidade da Fluência de Fala

          A gagueira apresenta muitas características intrigantes. Uma delas é a variabilidade da fluência nas diversas situações de fala.

          É costumeiro verificar a curiosidade que desperta uma pessoa que gagueja e que, no entanto, canta sem qualquer dificuldade. No atendimento fonoaudiológico, temos relatos dos pacientes e dos pais de crianças menores que se intrigam ao constatar que alguém pode ser capaz de ler fluentemente e, por outro lado, gaguejar na fala espontânea. Ou vice-versa. Ou - ao menos - apresentar maior fluência em uma ou outra dessas modalidades da emissão oral.

          A equipe do Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Fluência do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da USP está estudando esse aspecto da gagueira, dentro de um projeto mais amplo.


         
 Ana Paula Ritto, mestranda em Ciências da Reabilitação, é membro dessa equipe e é quem apresentará a palestra “Condições de Variabilidade da Fluência da Fala” seguindo a hipótese de que o processamento de fala é diferente na fala espontânea, na leitura e no canto, já que estas exigem habilidades variadas. O estudo compara amostras da fala de pessoas com e sem gagueira e analisa a variabilidade da fluência nas diferentes tarefas.

          Acesse o Power Point utilizado na apresentação:
aqui


Com a Palavra os que Gaguejam

          A ansiedade em relação ao futuro é frequentemente vivenciada, especialmente pelos jovens. Será que vou conseguir me sustentar? Encontrarei uma pessoa para ser meu par na vida? Vou me realizar em minha profissão? Terei sucesso? Serei feliz?

          As pessoas que gaguejam podem sentir uma ansiedade ainda maior em relação a esses tópicos: As pessoas me aceitarão com minha gagueira? Alguém se apaixonará por mim do jeito que sou? Como serei avaliado ao buscar emprego?

          As mesmas questões estão implícitas nos pais que procuram ajuda para seus filhos que gaguejam. Mais do que a preocupação com o presente, há a expectativa do futuro, o temor de que ele possa ser sombrio.

          Nesta mesa “Com a palavra as pessoas que gaguejam” reunimos gente de valor, que vai em frente e conquista seu espaço, que decidiu que não abrirá mão de sua vida por causa da gagueira.

          Sim, muitas vezes o percurso é mais complexo do que seria para um fluente, mas nem por isso é menos belo e valoroso.

          Venha participar e ouvir o que eles têm a lhe dizer:

         
 - Roberto Tadeu da Silva - Bibliotecário e Diretor de Orientação à Pesquisa Bibliográfica do IBF
         
 - Cínthia Cantu - Estagiária de Engenharia
          
- Gustavo Navarro – Estudante
          
- Renato Torres - Cientista da Computação


Gagueira Solucionada?

          Sabemos que a gagueira na infância tem um prognóstico bastante promissor, especialmente se a criança receber o adequado acompanhamento de que necessita, o mais precocemente possível.

          Uma vez instalada, a gagueira é considerada persistente, deixando de existir a possibilidade de recuperação espontânea. No entanto, temos muitos exemplos de pessoas que, mesmo na idade adulta, atingem uma fluência extremamente satisfatória, ao menos no parecer do ouvinte.

          Como essas pessoas chegaram a esse patamar? Qual é ou foi o fator que as auxiliou atingir esse estágio? E – o mais importante – como elas se percebem agora? A gagueira continua latente? Ou ela foi “solucionada”?

          Teremos amanhã uma mesa redonda composta por pessoas que poderão nos contar sobre seu trajeto e suas percepções atuais a respeito de sua fala. Venha ouvir o que têm a dizer:


          
- Waldelânia Pereira Marques - Consultora de Gestão da Qualidade e colaboradora do IBF
          
- Bohdan S. Kulesza - Químico Industrial
       
  - Carlos Habenchus Junior - Oficial de Justiça
          
- Flávia Lira - Professora de Educação Infantil


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